"Que coisa mais estranha é ver toda uma espécie, bilhões de pessoas ouvindo padrões tonais sem sentido, brincando com eles, arrebatadas por boa parte do todo pelo que chamam de 'música'. [...]
Nós, humanos, somos uma espécie musical além de linguística. Isso assume muitas formas. Todos nós (com pouquíssimas exceções) somos capazes de perceber música, tons, timbres, intervalos entre notas, contornos melódicos, e talvez, num nível mais fundamental, ritmo." -- Oliver Sacks, Alucinações Musicais, ed. Companhia das Letras.
A música tem uma íntima participação na vida de cada um de nós. Ainda assim, segundo o famoso psicólogo William James a música surgiu por acidente, "'um puro incidente de possuirmos um órgão auditivo'" (citado por Oliver Sacks, ibidem). Steven Pinker, psicólogo contemporâneo foi mais longe ao afirmar que "no que diz respeito a causas e efeitos biológicos, a música é inútil. [...] Poderia desaparecer de nossa espécie e o resto de nosso estilo de vida permaneceria praticamente inalterado" (citado por Oliver Sacks, ibidem). Apesar de supostamente não nos fazer falta do ponto de vista de sobrevivência, quem poderia viver sem ela? A inexistência de música deixaria um enorme buraco em nossa experiencia humana, em nossas expressões de cultura, de amor e fúria, de desejos intensos, de angústia. A música parece ter participação forte mesmo na vida dos seres angelicais citados ocasionalmente na bíblia.
Selecionei três composições para partilhar com você leitor. São três porque não consegui escolher uma só. Muitas outras poderiam aparecer aí. Sugestões são bem vindas.
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